
Perdidas, arrancadas de mim
Como se tudo o que houvesse em mim fosse apenas alguém
Alguém cheio de vida
As palavras desaparecem e aparecem
Numa aparente aleatoriedade
Somente guiadas pela intermitência da vida
Agarram-me nesse momento
Segurando em mim
O que não pode
(não deve)
Ser segurado
Escoando nas paredes a razão de viver
Numa irrelevância metafórica
E,
sem a menor previsibilidade,
o mundo desequilibra e balança,
nas lianas da indeterminação
Aparece. Desaparece. Intensifica. Mata. Dá vida.
Porquê?
Inefavelmente inexplicável.