sexta-feira, 4 de abril de 2008

As palavras



As palavras escorrem-me na alma
Perdidas, arrancadas de mim
Como se tudo o que houvesse em mim fosse apenas alguém
Alguém cheio de vida

As palavras desaparecem e aparecem
Numa aparente aleatoriedade
Somente guiadas pela intermitência da vida

Agarram-me nesse momento
Segurando em mim
O que não pode
(não deve)
Ser segurado
Escoando nas paredes a razão de viver
Numa irrelevância metafórica

E,
sem a menor previsibilidade,
o mundo desequilibra e balança,
nas lianas da indeterminação

Aparece. Desaparece. Intensifica. Mata. Dá vida.

Porquê?

Inefavelmente inexplicável.

Pontualidade acima de tudo.

Há pessoas que afirmam: a pontualidade, ou melhor dizendo, a falta dela, é característica dos portugueses. Pois em boa verdade vos digo meus amigos, a pontualidade é característica da Diana Claro. Quando parece que estou atrasada, quando tudo indica que realmente estou incrivelmente atrasada, PUM. Lá vem a relatividade das coisas acudir por mim: “Não sou eu que estou atrasada, mas sim os outros que estão adiantados”.


Bem, isto foi uma pequena introdução para dizer que aquela datazinha bonitinha em que disse que iam ter surpresas estava adiantada, e eu, como sempre, just in time. Por isso cá vai. Divirtam-se. Que as minhas palavras despertem em vós os mais nobres sentimentos. Ou então uma boa gargalhada. Ou mesmo não despertar nada já é um bom começo.