sexta-feira, 4 de abril de 2008

As palavras



As palavras escorrem-me na alma
Perdidas, arrancadas de mim
Como se tudo o que houvesse em mim fosse apenas alguém
Alguém cheio de vida

As palavras desaparecem e aparecem
Numa aparente aleatoriedade
Somente guiadas pela intermitência da vida

Agarram-me nesse momento
Segurando em mim
O que não pode
(não deve)
Ser segurado
Escoando nas paredes a razão de viver
Numa irrelevância metafórica

E,
sem a menor previsibilidade,
o mundo desequilibra e balança,
nas lianas da indeterminação

Aparece. Desaparece. Intensifica. Mata. Dá vida.

Porquê?

Inefavelmente inexplicável.

3 comentários:

Anónimo disse...

após o retiro voltou ela em força xD

gosto do que escreves miuda!

agora já não anónima...

Priscila... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Priscila... disse...

Escrever é realmente devastador e ao mesmo tempo nos completa...é incrível não é?
Parabéns!
Você o faz muito bem...
Abçs