Sentir a amargura dos dias,
apagados, sombrios, fugazes,
como se o acordar da noite
despertasse em mim o mais
simples deslumbramento descontente
Sentir o desligar da corrente
a efemeridade longa de um dia
que nunca foi, apesar da estranha alma
que habita em mim
querer desesperadamente tornar real
o que de tão real que é
não pode realmente existir
Sentir a inexistência do universo,
agarrando os pensamentos pensados
de alguém que não quer sentir
Os dias? Longas esperas,
longas continuidades descontínuas
que se arrastam no tempo,
trazendo consigo
a dor de quem nunca sentiu.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
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1 comentário:
Lindo, muito lindo...
Continua...
Solta toda essa emoção, criatividade, fulgor poético...sempre.
Como dizia o poeta, "não há machado que corte a raiz ao pensamento"...
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